A NECROMANTE
"...Uma senhora mexicana que era conhecida como Bruxa Anciã pela sua tribo, que tinha o poder de ressuscitar os mortos. Ela tinha o costume de sair pelo deserto próximo ao seu vilarejo e recolher pedaços de ossos de animais as vezes a muito mortos e trazia para casa. Ela fazia isto sempre, todos os dias encontrava vários pedaços de ossos diferentes e de bichos variados, ela na verdade era o que conhecemos como Necromante. Um dia ela caminhava pelo deserto e encontrou uma carcaça inteirinha, ela então recolheu toda esta carcaça já branca e lisa pela ação do vento e da areia e levou até uma caverna que existia do outro lado de seu vilarejo, uma parte mais verdejante, como todos nós sabemos, a caverna é também (se não o maior) símbolo do ventre da Grande Mãe, o útero gerador da vida. Úmido, fechado, escuro e protegido. Ela entrou com a carcaça em seus braços entoando cânticos sagrados antigos que ninguém mais conhecia e depositou bem no meio de uma galeria próxima a entrada. No interior da caverna acendeu uma fogueira com os pedaços de madeira seca que encontrara nos arredores da entrada da caverna e lá começou a magia...
Ela tirou de dentro de um saquinho de pano preto um conjunto de ossinhos bem lisos e uniformes e jogou na terra como se fosse um tipo de oráculo e observou. depois de alguns segundos ela recolhe, guarda seu oráculo e olha em direção ao teto da caverna e entoa mais alto e mais forte seus cânticos sagrados e desconhecidos. Uma leve brisa começa a soprar em seus cabelos e em volta da carcaça que está frente a fogueira, essa mesma brisa se torna um faixo de vento e luz branca prateada que rodeia a carcaça em grandes espirais ascendentes. A partir dai o que se vê é inacreditável, um vulto de lobo corre em direção a carcaça pelo faixo de luz e pula no esqueleto e se funde a ele, por todo o esqueleto coisas inimagináveis vão acontecendo, os músculos do animal vão ressurgindo. E assim tecidos, veias, órgãos, tudo em meio a uma espiral de luz que agora já está quase cegando a Anciã que não para um segundo suas rezas e cânticos. E então pele, pelos, cor e por fim a luz nos olhos...
Ela tirou de dentro de um saquinho de pano preto um conjunto de ossinhos bem lisos e uniformes e jogou na terra como se fosse um tipo de oráculo e observou. depois de alguns segundos ela recolhe, guarda seu oráculo e olha em direção ao teto da caverna e entoa mais alto e mais forte seus cânticos sagrados e desconhecidos. Uma leve brisa começa a soprar em seus cabelos e em volta da carcaça que está frente a fogueira, essa mesma brisa se torna um faixo de vento e luz branca prateada que rodeia a carcaça em grandes espirais ascendentes. A partir dai o que se vê é inacreditável, um vulto de lobo corre em direção a carcaça pelo faixo de luz e pula no esqueleto e se funde a ele, por todo o esqueleto coisas inimagináveis vão acontecendo, os músculos do animal vão ressurgindo. E assim tecidos, veias, órgãos, tudo em meio a uma espiral de luz que agora já está quase cegando a Anciã que não para um segundo suas rezas e cânticos. E então pele, pelos, cor e por fim a luz nos olhos...
Ela cessa, a luz se foi, o vento parou. Ela olha para a fogueira e nada encontra, e é nessa hora então que ela ouve o uivo AAUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU. Ela olha para trás e na entrada da caverna ela vislumbra o lobo, agora ressuscitado, vivo e brilhante. O lobo faz uma reverencia a sua Necromante e se vai, correndo em direção ao horizonte. A Bruxa Anciã, a Senhora Necromante então volta para sua vila tranquila, serena e feliz. Em pensamento longínquo ela chuta algo sem querer, ah! Mas o quê? A é só um osso de animal...
FIM.
(Inspirado em uma história que eu li a algum tempo atrás, mas infelizmente não me lembro bem o nome do livro e da autora, mas acho que o livro chama-se algo como A mulher Loba ou Correndo com Mulheres Lobas).
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