quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

A CARGA DO DEUS



Ouçam as palavras do Grande Pai, que antigamente era chamado de Osiris, Adônis, Zeus, Thor, Pan, Cernunnos, Herne, Lugh, e por muitos outros nomes.
 “Minha lei é Harmonia com todas as coisas. Meu é o segredo que abre os portões da vida e minha é a tigela de sal da terra que é o corpo de Cernunnos, o eterno ciclo de renascimento. Eu dou o conhecimento da vida eterna, e depois da morte eu dou a promessa de regeneração e renovação. Eu sou o sacrifício, o pai de todas as coisas, e minha proteção cobre a terra.”

A CARGA DA DEUSA


Este é o texto mais importante que temos na Religião Antiga. O Chamado da Deusa (também conhecido por Os Encargos da Deusa, O Papel da Deusa, a Exortação da Deusa ou a Carga da Deusa) foi escrito originalmente por Gerald Gardner, em 1949. Porém, anos mais tarde, uma iniciada de Gardner, Doreen Valiente, descontente com a qualidade do texto de Gardner e achando que ele não refletia bem o espírito da Arte, resolveu reescrever o texto,fazendo-o de forma brilhante. A sua versão se tornou mundialmente famosa e é o texto definitivo da Religião Antiga.



Ouçam vós as palavras da Grande Mãe, que desde os dias antigos foi chamada entre os homens de Ártemis, Astarte, Dione, Melusine, Aphrodite, Cerridwen, Diana, Arianrhod, Bride e por muitos outros nomes.
"Sempre que vós tiverdes quaisquer necessidades, uma vez ao mês, e melhor seria quando a lua estiver cheia, então vós deveis vos reunir em algum local secreto e adorar o meu espírito, eu que sou a Rainha de todas as bruxarias. Lá vós deveis vos reunir, vós que estais ardorosos para aprender toda a feitiçaria, mas que ainda não aprendeis os seus segredos mais profundos; a estes eu vou ensinar aquilo que ainda é desconhecido. E vós deveis ser livres de toda servidão; e como sinal de que vós sois realmente livres, vós deveis apresentar-vos nus em seus ritos; e vós deveis dançar, cantar, comer, tocar música e fazer amor, tudo em meu louvor."
"Pois meu é o êxtase do espírito e minha é a alegria do mundo; pois a minha lei é o amor para todos os seres. Mantenhais puro vosso mais elevado ideal; empenhai-vos sempre na sua direção; não deixais nada parar-vos ou desviar-vos. Pois minha é a porta secreta que se abre sobre a Terra da Juventude e minha é a taça do vinho da vida e o Caldeirão de Cerridwen, que é o Graal Sagrado da imortalidade. Eu sou a Deusa Graciosa, que dá o presente da alegria para o coração do homem. Sobre a terra eu dou o conhecimento do espírito eterno; e além da morte, eu dou paz e liberdade e vos reúno com aqueles que partiram antes de vós. Eu não peço nada em sacrifício; pois eu sou a Mãe de tudo o que vive e meu amor recai por sobre a terra."

Ouçam vós as palavras da Deusa Estelar. Ela em cuja poeira dos pés estão as hostes do céu e cujo corpo circunda o Universo.
"Eu, que sou a beleza dos campos verdes, a Lua alva entre as estrelas, o mistério das águas e o desejo do coração do homem, chamo pelas vossas almas. Levantem-se e venham à mim. Pois eu sou o alma da natureza, que dá vida ao universo. De mim tudo vêm e a mim tudo deve retornar; e ante a minha face, amada pelos Deuses e pelos homens, deixe teu ser divino mais profundo se envolver pelo êxtase do infinito."
"Deixem meu culto acontecer na terra que se regozija; pois todos os atos de amor e prazer são meus rituais. E portanto deixem que haja beleza e força, poder e compaixão, honra e humildade, júbilo e reverência dentro de vós.
E aqueles que pensam em me procurar, saibam que a vossa busca e vosso anseio devem beneficiar-vos apenas se vós souberdes o mistério; se o que vós procurardes, vós não achardes dentro de vós mesmos, então nunca encontrarão fora. Pois eu tenho estado convosco desde o início e eu sou aquela que é alcançada ao final do desejo."


FONTE:  Doreen Valiente, 1957


Extraído do Blog 3 Fases da Lua, visite aqui.

VELAS


A MAGIA DAS VELAS

Desde a antiguidade a chama era o símbolo da fonte de luz, conforto e bem estar para o homem. Usada largamente principalmente em templos, no ...antigo Egito em rituais sagrados. Os Celtas também utilizavam as velas em diversos rituais, normalmente os que brindavam o início das estações do ano, como a primavera. As luzes primitivas eram obtidas de lascas de pinheiros e outras madeiras resinosas. Esses materiais combustíveis embebidos em gordura animal, óleo ou sebo, serviam como tochas. Vários materiais foram usados para essa finalidade, mas o que se revelou mais próprio para o uso imediato foi a vela primitiva, que era feita de um pavio de estopa, ou da essência seca de hastes de gramináceas ou ainda juncos, embebidos em cera ou sebo.